segunda-feira, 19 de setembro de 2011

"Os Hunos da ideologia."


Os críticos e as vanguardas foram aos poucos se extinguindo, as hordas de mentecaptos da subjetividade preencheram como vermes: o nicho então deixado.

A “seleção natural da decadência” se instaurou como uma “outorga natural emanada pela essência humana, inessêncial – ou pré-fabricada”, graças ao desserviço prestado pela industria cultural da pós-modernidade e aos discurso positivistas de outrora, que no o leste-europeu -após a queda do muro de Berlim-, passaram a perpetrar um “deserto inatural, povoado pelo vazio da imbecilidade: marcado pelo vácuo dos discursos, pela perda do objeto, pela obliteração da crítica e pelo abandono do humanismo”.

Esses ceifadores da dialética se remeteram de tal modo às “leis do mercado”, que com tamanho cinismo, chegaram ao ponto, de edificar um legado com previsões sombrias, metafísicas e obscurantistas, que possuíam como homília cataclísmica –ganhando terreno naquele momento: o fim da história, que se anunciava como o prelúdio da irrazão humana, na transição do século XX ao XXI.

O nome capitalismo a partir dos anos 70, 80, 90 (e até o atual momento), passou então à trazer "má sorte" à mídia e aos economistas que o usavam em seus noticiários, passando então a ter sua pronuncia evitada. A parcela dominante que monopolizou a “liberdade de imprensa” apelou para a desinformação e para a pré-fabricação da opinião publica, inventando termos medíocres -como seus devaneios des-estatizantes e neoliberais-, termos como: “Eco-capitalismo”, “desenvolvimento sustentável”, “empreendedorismo”, “preparar para o mercado”, “Nova Ordem Mundial” e ETC.

Tal bombardeio agia esvaindo os olhares mais atentos para questões secundárias permeadas de sensacionalismo com o efeito de esquartejamento que produziam a alienação desejável –como nas linhas de produção fordistas e pós-fordistas-, (lógica igualmente medíocre, metabolizante e degeneradora). Tal entricheiramento teve como ponta de lança: Hollywood, Walt Disney, MGM, Warner, CNN, The Economist e Etc.. .

O termo “Neoliberalismo”, esse então: ” Se manifestava como uma pedra no sapato dos economistas, e como um demônio imaterial para a mídia, ocultando-se na penumbra Estatal: promovendo a miséria e os exércitos de reserva idealizados por F.Hayek”. O que de certo ponto de vista, causava espanto, medo e eventual perigo à direita, caso o proletariado "desconfiasse".

Então as redes monopolistas do capital -os dominadores- trataram de aperfeiçoar seus mecanismos de desinformação e de dominação, com o desafios e metas de como exorcizar do “imaginário popular” tal belial (sem sacrificar o cidadão ao ponto que este percebesse).

Fazendo uso das superestruturas e de amplo apoio da sociedade civil, tal horda empresarial teve êxito em camuflá-lo (o Neoliberalismo) e amplo sucesso em tirá-lo de nossas lupas, alienando-nos com futilidades que emanam de diversos vetores, engendrado-nos à cultura de consumo, os enlatados e os fetichismos reificadores.

Porem diante de uma nova crise estrutural, que completa 3 anos, os medíocres da subjetividade capitalista estão ficando sem armas e estratégias diante dos fracassos cíclicos do Capital, mas ainda pensam em poder resolver uma crise de créditos, injetando ainda mais créditos, inflando o mercado e estimulando a financeirização dos negócios, sem citar os estimulos contínuos ao consumo por parte do cidadão incauto, as medidas de austeridade e de recessão diante da quimera que é o mercado.

O cidadão ainda atordoado diante da situação, não nota que: “não há nada mais Keynesiano que um Neoliberal em crise”, percebem?, Ambos dentro uma concepção dialética -(Keynesianos e neoliberais)- "são liberais" e fazem parte de uma mesma lógica: a capitalista.

Não sendo estes completamente antitéticos, pois acabam por fazerem ambos o uso dos aparelhos de estado quando conveniente para garantirem a manunteção de sua hegemonia como classe. O Estado dentro desta lógica, ainda segue intervindo sempre que necessário.