quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A Intelectualidade e o conceito de intelectual, geram qual tipo de hegemonia?




Pelo conceito de intelectual atrelado à estruturação do bloco histórico-hegemônico:

Este, deve compreender não somente as camadas comumente denominadas como “intelectuais” pelo senso-comum - (reprodutivistas e tradicionais)-, mas também, toda a gama orgânica que se engendra dentro de um plano histórico-dialético, exercendo as funções coordenativas e direcionais no campo da produção e da organização - em sentido lato-social – que se dão a um só tempo no campo da teoria e da prática. Produções que variam e se dão tanto no campo da cultura, no campo administrativo, político, quanto no econômico e etc.

O intelectual orgânico no sentido gramsciano, é todo aquele que além de produzir teoria, não se encastela em um gabinete, produzindo para seus pares também vaidosos - como ele -, ele não é um iluminado ou um ser à parte, pelo contrário!, Este se solidariza com a classe aviltada, ele não é mais ou menos humano por sua intelectualidade, ele está vivo!, Materializa sua luta através de sua produção teórica.

Ele coloca em práxis o que produz para organizar o meio social em que vive, ele intelectualiza, politiza e luta lado a lado com o proletariado, contribuindo dessa forma para mudança e construção de hegemonia.

No sentido estrito da palavra, o intelectual orgânico não é um lacaio das superestruturas do capital, tão pouco um embrião errante da dualidade. Este reage ao entrincheiramento do Estado expurgando a moralidade e a ética dos resquícios parasitários do passado, oriundos de uma cultura pequeno-burguesa, calcada no individualismo e na competição.

É um revolucionário produtor de teoria revolucionária, ele se apropria -junto às massas- dos organismos ideológicos concentrados na sociedade-civil ou superestruturas do Estado, para a derrocada da estrutura vigente do capital concentrada na sociedade-política.

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