segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O bolo, a festa, os convidados famintos e os garçons.





Os senhores de tudo e de todos, dividiram os continentes em verdadeiros relicários.

Usaram o lápis, as réguas, a cruz e as balas, erigiram autômatos em complexos serpentários.



Tingiram seu império com tinturas vermelho-sangue, amarelo-ouro, de um brilho adiamantado.

E para dissimularem o matadouro, utilizaram um incenso com odor de ópio, pólvora e aguardente, corromperam a juventude de seus relicários, com seus orbes encantados.



Subornaram os chefes silvícolas a abandonarem suas zarabatanas,

Pois com calibres de longo alcance, a caçada seria mais bacana!

Alinhada à manutenção da pax e da ordem, -em seus relicários- os senhores de tudo e de todos, impuseram algumas leis e tratados, leiloando as terras dos aborígenes -aos seus próprios monopólios- à preço de banana.



Impuseram aos tribais que adotassem uma religião, alcunhada da apatia servil pós-mundana, regida pela obediência "boa-cordeirista", auspiciada pelo sacrifício do mártir e pela auto-mutilação.

Perpetrando os vieses, obscurantistas e sectários, “mas que no fundo, no fundo, são munidos de forte civil-formação”.





Edificaram parques industriais, bancos, igrejas, escolas e postos de saúde tingidos de branco -"por algum motivo ideológico".

Para que quando os senhores de tudo e de todos (que também são brancos), saíssem de férias, em alguns locais exóticos,

Pudessem rezar em igrejas brancas, que eles ergueram (com trabalho não tão branco), em seus relicários, "tingidos de branco,vermelho-sangue, amarelo-ouro, com o brilho de fundo adiamantado", porém, "levemente apartadores", mas que no fundo, no fundo: fomenta em seus senhores -até mesmo quando estes rezam, por razões humanitárias e civilizadas- sonhos eróticos.



Quando os relicários, adotaram linhas modernas de produção (de fumaça negra) , alguns silvícolas (também negros) indignados, não quiseram mais ser sobrepujados.

Pois os senhores de tudo e de todos, agem impunemente plastificando–os em embalagens à vácuo para consumo imediato, vendendo-os como animais de estimação, ou como bonecos de plástico.

Em museus, agem congelando-os em renascentes quadros.



Nos laboratórios, seguem testando medicamentos e inoculando alguns virus "inócuos", como faziam com os ratos brancos, que talvez por serem brancos tenham sido substituidos por humanos de outras cores, (quando falo de ratos brancos, falo daqueles que ficam em gaiolas, e não, dos que injetam as drogas), os outros fora das gaiolas, agem empalando os outros humanos de outras cores, exibindo-os em grandes galerias, por conseguinte, como espécimes raros, com nomes em latim, de outra espécie hominídea, advinda de outrora realidade paleolítica.

Editando a sua cultura, como práticas incivis, bárbaras e ilícitas.

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