segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Oi eu sou os Estados Unidos - Por Felipe lustosa



Oi, eu sou os EUA, te seduzo com meu American Way of life e com minha industria cultural poderosíssima que fomenta o consumo, mas escondo de vocês que 25% da minha população come ração veterinária enlatada e se trata com remédios para cães e cavalos.



Defendo a democracia e a liberdade -de mercado, pautada no liberalismo econômico- para os "incivis muçulmanos", mas meu governo truculento reprime qualquer manifestação pacífica com ausência de dialogo amparando tal ausência, com um grande porrete policial.





Minha história como nação hegemônica imperialista, foi escrita de dentro para fora, com sangue indígena -e com o de outros povos de cores e culturas diferentes-, os quais caçávamos com nosso ilustre sétimo regimento de cavalaria ou os vulgos “casacas azuis”.



Oferecíamos como recompensa aos pioneiros e Cowboys desbravadores, o mesmo preço de 25 dólares a quem nos trouxesse uma orelha indígena ou uma cabeça de cascavel diamante, -as duas grandes pragas que impediam o avanço da civilização escolhida por Deus, dos telégrafos e das ferrovias -que expropriaram esses povos- desde o Tenessee até o oeste californiano, vampirizando as jazidas de ouro lá existentes e seguindo um traçado de morte e de devastação, rumo oceano pacífico.



Caço os terroristas que eu mesmo invento, manipulo a informação através de minha mídia sentenciosa e violo a soberania dos países mais fracos com ocupações militaristas, cárceres moedores de carne -como o de Guantânamo- e tratados dos quais eu possa tirar proveito.

Enveneno o cognoscitivo dos "alienados tropicais" com meus enlatados não tropicais, e intoxico o seu organismo com comidas gordurosíssimas que causam câncer explorando sua mão de obra - comidas que são produzidas em redes de fast-food que escravizam mão de obra latina.



Imponho embargos criminosos à tudo e todos que vão contra os meus setores monopolistas do capital, contra minha ideologia Anglo-calvinista, contra a mão invisível do mercado, contra o meu modelo "sócio-econômico maravilhoso" e contra minhas empresas depredadoras do meio ambiente e espoliadoras da dignidade humana.



Com sensacionalismo exacerbado, oculto o açougue humano que eu sou desde minha gênese, o Rambo é o nosso herói nacional -oculto as hidras peçonhentas que cultivo em meus quintais servilistas como: na Colômbia, no México, na Guatemala, em Gaza e recentemente, no oriente médio e no norte da África, -com minhas guerras por petróleo que alimentam minha precária civilização poluidora-, que conta com a subordinação de setores, que administram tais riquezas minerais e naturais nestes territórios depredados alheios, mantendo-os receptivos ao nosso imperialismo através do mercado voraz e predatório, imanente à governos fantoches, que nós colocamos no poder através de "eleições diretas" civilizatórias.



Todos os meus representantes políticos foram genocidas ou se preferirem, aves carniceiras, que executaram com ilustre maestria inimigos e opositores político-ideológicos por meio de Órgãos de espionagem e sabotagem como a CIA.



Adoramos queimar asiáticos e não pagar pelos crimes de guerra, começamos vaporizando 250 mil japoneses com duas bombas atômicas, e depois utilizamos o Napalm para esturricar vietnamitas e camponeses, os malditos vietcongues estavam debaixo da terra, então estuprávamos as mulheres e queimávamos os idosos que desarmados plantavam arroz, em um solo que contaminamos de propósito com o Agente Azul. Eles nem tinham também, onde se esconder, pois sua flora nós também arrasamos com o agente desfolhante.

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